Talvez eu possa colhê-la
Com a ajuda do coração.
A flor do crisântemo branco
Encontra-se perdida
No seio da geada branca.
Oshikichi No Mitsune –(854?-903)
Desejais saber a intensidade
Do meu amor?
Olhai como as ondas, em Tago
Se aproximam da costa
Podeis acaso conta-las?
Fujiwara No Orikase (começo séc.X)
Ainda que não tenhais
Coração entendereis
A beleza melancólica:
A narceja voando no pântano
No crepúsculo do Outono
Saigyô (1118-1190)
A vida? Borboleta
Agitando-se na relva.
Tão delicada!
Soin (1604-1602)
O ladrão da casa
Esqueceu-se duma coisa:
A lua na janela.
Ryôkan (1757-1831)
retirados da Revista de Poesia – Limiar 5/95
Sem comentários:
Enviar um comentário