13.1.08

Haikai





Talvez eu possa colhê-la
Com a ajuda do coração.
A flor do crisântemo branco
Encontra-se perdida
No seio da geada branca.

Oshikichi No Mitsune –(854?-903)



Desejais saber a intensidade
Do meu amor?
Olhai como as ondas, em Tago
Se aproximam da costa
Podeis acaso conta-las?


Fujiwara No Orikase (começo séc.X)




Ainda que não tenhais
Coração entendereis
A beleza melancólica:
A narceja voando no pântano
No crepúsculo do Outono


Saigyô (1118-1190)




A vida? Borboleta
Agitando-se na relva.
Tão delicada!

Soin (1604-1602)




O ladrão da casa
Esqueceu-se duma coisa:
A lua na janela.

Ryôkan (1757-1831)



retirados da Revista de Poesia – Limiar 5/95

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