Hoje nasceu um poeta
no escuro da minha rua
Cresceu fez-se homem
apagou o sol
e bateu na lua
Amanhã será tão nutrido
que tremem as balanças de esquina
sentido o ranger de sapatos
os seus passos não beatos
Amanhã será tão angélico
que os anjos ruins ou não
sentem a inveja nascer
sob a membrana da fala
vendo voar rente aos astros
esse poeta maldito
sem carne nem abraços
abaixo os sexos e a lua
hoje nascido aqui
do ventre mais volumoso
da virgem da minha rua
no escuro da minha rua
Cresceu fez-se homem
apagou o sol
e bateu na lua
Amanhã será tão nutrido
que tremem as balanças de esquina
sentido o ranger de sapatos
os seus passos não beatos
Amanhã será tão angélico
que os anjos ruins ou não
sentem a inveja nascer
sob a membrana da fala
vendo voar rente aos astros
esse poeta maldito
sem carne nem abraços
abaixo os sexos e a lua
hoje nascido aqui
do ventre mais volumoso
da virgem da minha rua
Natal de "Sangria" (1962), Edições Mic
Imagem: Gundega Dege
Imagem: Gundega Dege
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