7.5.08

Momentos Meus

Esperei ansiosa a calma da noite por entre as despedidas dos que saíam, e o recolher dos que ficavam e, quando finalmente fiquei só, envolta no silêncio da sala, reencontrei-me com o meu coração para repetir o único ritual que me fascina nestas noites: o fazer do cacau que me há-de aquecer a alma.
Sentei-me no chão, o quente da caneca entre as mãos, as pernas cruzadas, os olhos postos na estrela que em cima da árvore, não desistia de brilhar. Fiquei na mesma posição não sei quanto tempo, a caneca esfriou, as pernas doíam de dobradas debaixo do meu corpo mas, o meu coração, continuou madrugada fora, a murmurar baixinho dentro do meu peito, o poema que eu recebera de presente.


nadir

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