7.5.08

Momentos Meus

Há dias em que me sinto sufocar, é como se a vida fosse feita garrote à volta da minha respiração. Preciso de espaço, ar, janelas escancaradas nos meus olhos. Talvez por isso, hoje acordei com ganas de romper a membrana que me tira a liberdade. Vou deitar abaixo as paredes e, depois de todo o entulho empilhado, pintarei uma luz intensa montada no dorso de um vento cálido, mas presente; um vento nascido de uma centopeia, muitos pés para caminhar, anéis contorcionistas a penetrar todas as frestas que existem no chão que piso. Rasgarei uma janela, uma apenas, em propriedade horizontal, sem esquinas, em linha recta com o horizonte, e depois, ficarei sentada no parapeito a ensaiar um voo sobre o pântano, aquele que me vaticinaram, como fim ou principio, de um salto conduzido por emoções ou, contradição dos opostos (?).
nadir

Sem comentários: