Maria Teresa Horta, nasceu em 1937. Enquanto estudante de Letras da Universidade de Lisboa fez parte do grupo Poesia 61, tendo colaborado em múltiplos jornais e revistas, bem como exercido uma acção cultural intensa, nomeadamente no cineclubismo, e militado com empenhamento nos movimentos de emancipação da mulher, motivação fulcral da sua personalidade inconformista e desenvolta. Desde o seu livro de estreia, Espelho Inicial (1960), a sua poesia, na linha da geração a que pertence, caracterizou-se por uma exploração das possibilidades metafóricas e das virtualidades sintácticas da linguagem como assunção de uma corporeidade livre, em que a sensualidade e a estesia se enlaçam (Amor Habitado, 1963, Candelabro, 1964, Minha Senhora de Mim, 1967). Dedicando-se também à ficção (Ambas as Mãos sobre o Corpo, 1970), Maria Teresa Horta foi em 1971, com Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno, uma das autoras das célebres Novas Cartas Portuguesas, que deram lugar a um processo judicial, pela sua transgressão dos códigos morais então dominantes. Mas é sobretudo na sua obra poética prolífera que se exprime o seu temperamento inquieto e fogoso, sempre em busca de experiências verbais e vivenciais novas
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