Que vos hei-de mandar de Caparica
De que vós, não façais esgares?
Porque de graças e bênçãos aos pares,
Disso, graças a Deus, sois vós bem rica.
Mel e açúcar? São cousas de botica.
Coscorões? São piores que folares.
Perus? Não, que são pássaros vulgares.
Porcos? Só de o dizer nojo me fica.
Mandara-vos o sol, se desta cova
Mo deixaram tomar; mas é fechada,
E ainda o é mais para mi a rua nova.
Pois, se há-de ser de nada a consoada,
Mandar-vos-ei, sequer, Prima, esta trova,
Que o mesmo vem a ser que não ser nada.
De que vós, não façais esgares?
Porque de graças e bênçãos aos pares,
Disso, graças a Deus, sois vós bem rica.
Mel e açúcar? São cousas de botica.
Coscorões? São piores que folares.
Perus? Não, que são pássaros vulgares.
Porcos? Só de o dizer nojo me fica.
Mandara-vos o sol, se desta cova
Mo deixaram tomar; mas é fechada,
E ainda o é mais para mi a rua nova.
Pois, se há-de ser de nada a consoada,
Mandar-vos-ei, sequer, Prima, esta trova,
Que o mesmo vem a ser que não ser nada.
poesia retirada de Natal…Natais, Oito séculos de Poesia sobre o Natal
Imagem : Presépio de Rosa Pinho
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