20.4.12
Luís D'Oliveira Nunes
Não sou um cais de embarque
sinto-me ancoradouro de águas fundas
no convés da minha embarcação
cultivo gardénias, rosas e jasmins
mas tu só desejas malmequeres.
Destrui-los-ás friamente,
pétala a pétala
dizendo que é para saber
do meu amor por ti.
Desfolhas raivas e torturas,
nem pouco, nem muito, nem nada.
O teu navio é outro
nunca encontrarás ancoradouro.
Malmequeres de Loja de Afectos, colecção de Poesia, Linha de Água, ELO publicidade
Imagem: Antoneta Wotringer
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário