4.5.12

Fernando Alves dos Santos




Novo é aquilo que o desejo diz
o texto que existe
no subterranêo das palavras
que se escrevem no espaço da sede.
Novo é o verbo que me encontra
e respira e não cessa
e regressa
seara orvalhada.
Novo é o tronco
que não demora a crescer
para os olhos do sol.
Novo é a seiva
que no tronco circula pertinaz.


Novo de Diário Flagrante, edição de Perfecto E. Cuadrado
Imagem: Martin Amm

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