3.12.09

Baltasar Estaco Évora, [1570- 16??]



Amor sublima, eterno, incompreensível,
Amor que o torpe amor converte puro,
Amor que ao duvidoso faz seguro,
Amor que tudo vê, sendo invisível;

Amor que faz suave ao insofrível,
Amor que mostra claro o que era escuro,
Amor que faz mais brando o que é mais duro,
Amor que facilita ao impossível;

Amor que tudo vence e tudo apura,
O homem com seu Deus pacificando
Quis que este Deus ao homem se ajuntasse,

E junto o criador com a criatura,
Que a criatura em Deus ficasse amando,
E Deus nas criaturas sempre amasse.




Ao nascimento de Jesus poesia retirada de Natal…Natais, Oito séculos de Poesia sobre o Natal, Antologia de Vasco Graça Moura
Imagem:
Presépio pertencente à colecção particular de Francisco Elias

2 comentários:

Anónimo disse...

Um beijo, amor.




bluinha

Nadir disse...

bluínha, beijinho para ti também.

m.m