
Tu que me lês,
gomo de fruta da ramagem espessa
que não me vê,
abraça-te comigo na quimera
de que valeu a pena madrugar,
sem vau atravessar florestas, pegos,
à busca de paisagens cruzar mares
na incerteza de um abrigo achar.
Serei feliz contigo
dentro de mesmo enlace d’ilusão:
as mãos presas às mãos
e os olhos quedos um no outro fixos.
Aventura sem fim, aonde iremos
nesse apertado e cálido prazer
a navegar sem bússola, sem remos,
velame a desfazer-se,
aonde iremos: eu que dei a letra
e tu que achaste a voz
a tudo aquilo que tão poucos
crêem
tornado apenas nosso.
Contentus paucis lectoribus de Àguas de Sono, Ed. Ulmeiro
Imagens: Daniele Manfredini
gomo de fruta da ramagem espessa
que não me vê,
abraça-te comigo na quimera
de que valeu a pena madrugar,
sem vau atravessar florestas, pegos,
à busca de paisagens cruzar mares
na incerteza de um abrigo achar.
Serei feliz contigo
dentro de mesmo enlace d’ilusão:
as mãos presas às mãos
e os olhos quedos um no outro fixos.
Aventura sem fim, aonde iremos
nesse apertado e cálido prazer
a navegar sem bússola, sem remos,
velame a desfazer-se,
aonde iremos: eu que dei a letra
e tu que achaste a voz
a tudo aquilo que tão poucos
crêem
tornado apenas nosso.
Contentus paucis lectoribus de Àguas de Sono, Ed. Ulmeiro
Imagens: Daniele Manfredini
3 comentários:
fantásticos poema e pintura. um execelente regresso para quem tem andado mais perdida do que eu :)
Passe o tempo que passar tu és sempre gentil e carinhoso nas tuas palavras. Pois é verdade, eu tenho andado muito ausente e a vontade de regressar, ainda não é muito grande, confesso, no entanto vou fazer um esforço para vir até aqui mais amiúde.
um grande abraço para ti Kim
m.m.
Adorei o poema.
J.R.
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